Isto aqui não é matéria de prova, é só a dica de um livro muito bom que eu li e que pode ser interessante para vocês. É um romance policial inglês muito bem escrito, cheio de suspense e mistério: Uma certa justiça (1997), de P. D. James.A seguir, eu reproduzo um resumo da obra (tirado da orelha do livro) e, logo em seguida, disponibilizo um link para quem quiser acessar o primeiro capítulo, que descreve uma cena de tribunal de tirar o chapéu. Excelente!
Resumo da obra:
"Presunção de inocência" significa que não se pode condenar um suspeito se não existem provas conclusivas de que ele tenha cometido o crime. Este é um dos princípios básicos do sistema judiciário ocidental. E foi contestando a validade dos argumentos e evidências da promotoria que a advogada Venetia Aldridge baseou sua defesa do jovem Garry Ashe, acusado de matar a tia com requintes de crueldade.
Para Venetia, uma das mais renomadas e competentes criminalistas da Inglaterra, este não passava de mais um caso na extraordinária carreira que a levara a exercer sua profissão no tribunal mais prestigioso do país, o Old Bailey - mais uma oportunidade de demonstrar sua perspicácia e sua incontida ambição de vencer seus adversários.
Duas semanas após o fim do julgamento, contudo, Venetia foi encontrada morta em seu escritório, para escândalo e horror dos colegas. Tão improvável e chocante foi esse assassinato que sua solução só poderia ser confiada à famosa equipe da Nova Scotland Yard chefiada pelo inspetor e poeta Adam Dalgliesh.
Pela primeira vez situando sua história no próprio centro do sistema judiciário britânico, um dos mais antigos do mundo e com tradições que remontam à Idade Média, P. D. James consegue, em "Uma certa justiça", renovar outra vez de modo surpreendente o esquema clássico do romance policial inglês. Não só explora as minúcias dos procedimentos jurídicos e policiais, como faz um retrato dickensiano da sociedade inglesa, com suas divisões de classe e marcadas peculiaridades, além de discutir questões fundamentais como a ética dos advogados e as limitações do sistema judicial. Tudo isso para não falar, é claro, de seu esplêndido domínio da linguagem, da refinada técnica com que controla a narrativa e o suspense, e da complexidade psicológica que infunde aos personagens, aspectos que a colocam entre os melhores praticantes do gênero e - por que não? - entre aqueles poucos autores capazes de produzir literatura digna desse nome.
Para ler o primeiro capítulo de Uma certa justiça, CLIQUE AQUI
P. D. James, Uma certa justiça. São Paulo: Companhia das Letras, 1999
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