terça-feira, 17 de abril de 2012

Dica de livro: "Uma certa justiça"

Isto aqui não é matéria de prova, é só a dica de um livro muito bom que eu li e que pode ser interessante para vocês. É um romance policial inglês muito bem escrito, cheio de suspense e mistério: Uma certa justiça (1997), de P. D. James.

A seguir, eu reproduzo um resumo da obra (tirado da orelha do livro) e, logo em seguida, disponibilizo um link para quem quiser acessar o primeiro capítulo, que descreve uma cena de tribunal de tirar o chapéu. Excelente!

Resumo da obra:

"Presunção de inocência" significa que não se pode condenar um suspeito se não existem provas conclusivas de que ele tenha cometido o crime. Este é um dos princípios básicos do sistema judiciário ocidental. E foi contestando a validade dos argumentos e evidências da promotoria que a advogada Venetia Aldridge baseou sua defesa do jovem Garry Ashe, acusado de matar a tia com requintes de crueldade.


Para Venetia, uma das mais renomadas e competentes criminalistas da Inglaterra, este não passava de mais um caso na extraordinária carreira que a levara a exercer sua profissão no tribunal mais prestigioso do país, o Old Bailey - mais uma oportunidade de demonstrar sua perspicácia e sua incontida ambição de vencer seus adversários.

Duas semanas após o fim do julgamento, contudo, Venetia foi encontrada morta em seu escritório, para escândalo e horror dos colegas. Tão improvável e chocante foi esse assassinato que sua solução só poderia ser confiada à famosa equipe da Nova Scotland Yard chefiada pelo inspetor e poeta Adam Dalgliesh.

Pela primeira vez situando sua história no próprio centro do sistema judiciário britânico, um dos mais antigos do mundo e com tradições que remontam à Idade Média, P. D. James consegue, em "Uma certa justiça", renovar outra vez de modo surpreendente o esquema clássico do romance policial inglês. Não só explora as minúcias dos procedimentos jurídicos e policiais, como faz um retrato dickensiano da sociedade inglesa, com suas divisões de classe e marcadas peculiaridades, além de discutir questões fundamentais como a ética dos advogados e as limitações do sistema judicial. Tudo isso para não falar, é claro, de seu esplêndido domínio da linguagem, da refinada técnica com que controla a narrativa e o suspense, e da complexidade psicológica que infunde aos personagens, aspectos que a colocam entre os melhores praticantes do gênero e - por que não? - entre aqueles poucos autores capazes de produzir literatura digna desse nome.

Para ler o primeiro capítulo de Uma certa justiça, CLIQUE AQUI

P. D. James, Uma certa justiça. São Paulo: Companhia das Letras, 1999

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